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Tipos de Escala de Trabalho: qual o melhor para sua empresa?

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Já se perguntou qual o tipo de escala de trabalho é mais adequado para sua empresa? Se sim, você não está sozinho!

Quando falamos sobre escalas de trabalho, surgem muitas dúvidas, e a falta de informações claras pode dificultar a escolha do modelo ideal. Será que o que fazemos hoje é realmente a melhor opção?

O desafio está em equilibrar várias prioridades: a demanda da empresa ou o cumprimento da legislação? A alocação de pessoas ou a produtividade? A eficiência operacional ou o fluxo de trabalho? E como lidar com os horários de pico versus os de folga? Esses aspectos tornam a criação de escalas de trabalho uma tarefa complexa.

Além disso, as leis trabalhistas e convenções coletivas tornam o processo ainda mais desafiador, pois é preciso respeitar as regras e restrições sem comprometer a operação da empresa.

Gerir e alocar pessoas de maneira eficiente é um trabalho contínuo e desafiador. Neste conteúdo, vamos expandir sua visão sobre os diferentes tipos de escalas de trabalho, ajudando a identificar as demandas específicas do seu negócio e a escolher o modelo mais adequado para garantir a maior disponibilidade de pessoal possível.

Prepare-se para entender os principais tipos de escalas e aprender como otimizar a distribuição da força de trabalho na sua empresa. Vamos lá!

A diferença entre Escala e Folga e Escala de Horário

Existem 2 tipos de escalas diferentes. Especificamente, 2 grandes tipos, dos quais são divididas em:

  1. Escalas de Folga

  2. Escalas de Horário

É importante entender o papel de cada uma e porque as duas existem. Uma nunca substitui a outra. E elas sempre andam em conjunto.

Esses dois tipos de Escala existem para que as pessoas certas sejam alocadas no momento certo.

Escalas de Folga

A Escala de Folga deve ser a primeira a ser definida, pois é ela que assegura que a quantidade correta de colaboradores estará presente nos dias certos, de acordo com a demanda e a rotina da empresa.


Somente depois de garantir que as pessoas certas estarão alocadas nos dias corretos, é que você deve se preocupar com os horários de entrada e saída. Lembre-se: o dia de trabalho é mais importante do que o horário de chegada.

Folga Fixa

Escalas de folga fixa são sempre injustas com os colaboradores. Por quê?

Pensando nisso, quando você cria uma Escala de Folga Fixa, alguns colaboradores sempre irão folgar mais do que outros.

Por exemplo:

Suponhamos que João e Ricardo tem exatamente a mesma função e recebem exatamente o mesmo salário.

Se João sempre folga às segundas-feiras e Ricardo sempre folga às terças-feiras, um mês que tenha 5 segundas-feiras e somente 4 terças-feiras garantirá a João mais folgas e fará com que Ricardo trabalhe mais.

Isso é injusto com ambos, pois eles trabalharão uma quantidade de horas diferentes no final do mês e receberão exatamente o mesmo salário.

Folga Variável

Na Escala de Folga Variável, esse problema é evitado, pois todos os colaboradores têm a mesma quantidade de dias de folga, que são distribuídos de forma equilibrada ao longo da semana.

Usando o exemplo de João e Ricardo, ambos terão a mesma quantidade de folgas durante o mês, garantindo que trabalhem a mesma quantidade de horas e recebam o mesmo salário.

Escalas de Horário

Após garantir que os colaboradores estão devidamente alocados ao longo dos dias do mês, levando em consideração as necessidades da empresa, é hora de focar nas jornadas diárias de trabalho.

A prioridade ao criar a Escala de Horário deve ser garantir que o maior número de pessoas esteja disponível nos horários de pico da operação, atendendo às demandas mais urgentes do negócio.

Uma vez que você tenha alinhado a Escala de Folga com os horários ideais para a sua empresa, sua Escala de Trabalho estará otimizada para proporcionar o melhor desempenho.

Os diferentes tipos de Escalas de Trabalho

Os regimes de dias trabalhados e folgados variam conforme as Convenções Coletivas de Trabalho (CCT), o que resulta em diversos tipos de escalas de trabalho. Portanto, é importante compreender como esses acordos impactam as práticas de jornada de trabalho.

É fundamental esclarecer que, em uma escala 5×1, por exemplo, o colaborador não precisa, necessariamente, trabalhar 5 dias consecutivos para folgar 1. De fato, a flexibilidade no planejamento pode resultar em uma distribuição diferente, conforme a necessidade da empresa.

Em alguns casos, pode ocorrer de o colaborador trabalhar 4 dias seguidos, folgar, depois trabalhar 3 dias e então folgar novamente. Isso ocorre devido à flexibilidade prevista nas escalas, que podem ser ajustadas conforme a demanda.

Mas, por que isso acontece? A explicação está no fato de que as convenções estabelecem um “prazo máximo” de dias que o colaborador pode trabalhar consecutivamente antes de ser obrigado a tirar a folga. Esse limite visa garantir o descanso adequado do trabalhador.

Além disso, a empresa, ao planejar a alocação de seus funcionários, pode optar por conceder as folgas antes de atingir esse “prazo máximo”, sempre respeitando os limites legais impostos pela CLT e pelas CCTs. Assim, a organização garante que nenhum colaborador ultrapasse o número de dias trabalhados permitido, promovendo um ambiente de trabalho saudável.

Agora, com essas explicações em mente, vamos explorar os diferentes modelos de escalas de trabalho existentes, para que você possa entender como cada um pode ser aplicado na sua empresa.

A escala 5×1

A escala 5×1 estabelece que o colaborador trabalha 5 dias e folga 1. Portanto, essa estrutura permite uma distribuição de jornada que visa atender tanto à demanda da empresa quanto ao descanso do colaborador.

Além disso, com esse modelo, o colaborador tem 1 domingo de folga por mês, o que é uma vantagem em termos de descanso, garantindo que ele possa aproveitar um fim de semana completo.

Por fim, a jornada diária nesse modelo é de 7 horas e 20 minutos, o que proporciona uma carga horária equilibrada ao longo da semana, considerando o tempo de descanso e a necessidade de operação da empresa.

A escala 5×2

Na escala 5×2, o colaborador trabalha 5 dias e folga 2. Dessa forma, a jornada de trabalho é organizada para garantir um bom equilíbrio entre os dias trabalhados e os de descanso.

Além disso, as 44 horas semanais são distribuídas nos 5 dias, o que resulta em uma jornada diária de 8 horas e 48 minutos. Isso proporciona uma carga horária mais concentrada, permitindo que o colaborador tenha um período de descanso mais longo nos dias de folga

A escala 6×1

O modelo 6×1 é simples e bastante comum, sendo frequentemente utilizado por supermercados, por exemplo. Nesse modelo, o colaborador trabalha 6 dias e folga 1, o que garante um ritmo constante de trabalho e descanso.

Além disso, a jornada diária é de 7 horas e 20 minutos, proporcionando uma carga horária equilibrada ao longo da semana, com um dia de descanso para recuperação e lazer.

A escala 6×2

A escala 6×2, também conhecida como “Semana Espanhola”, apresenta algumas particularidades. Nesse modelo, as semanas de trabalho alternam entre 48 horas em uma semana e 40 horas na semana seguinte, com o objetivo de compensar a carga horária.

Além disso, a jornada diária é de 8 horas, o que oferece um equilíbrio entre os dias de trabalho mais intensos e os períodos de descanso, permitindo que o colaborador tenha tempo suficiente para se recuperar.

A escala 12×36

A escala 12×36 é utilizada quando o trabalho precisa ser contínuo e não pode ser interrompido em um período menor. Apesar de contrariar a lei das 8 horas diárias, ela é considerada legal, pois é acordada por meio de Convenções Coletivas de Trabalho, garantindo o cumprimento das normas trabalhistas.

Esse modelo é particularmente comum em setores como segurança e saúde, onde a demanda por serviços ininterruptos exige uma jornada diferenciada, permitindo que os colaboradores tenham longos períodos de descanso após um turno intenso de trabalho.

A escala 24×48

Essa escala, comum em setores como polícia, pedágio e saúde, estabelece que a cada 24 horas trabalhadas, o colaborador tem 48 horas de folga.

Agora que você conhece os modelos de escala, avaliar como suas escalas são feitas ficará mais fácil.

Trabalhar no DP ou RH de uma empresa é mais desafiador sem as ferramentas e conhecimentos necessários para entender as demandas diárias.

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